Diferença entre Reforçadores e Preferência
Antes de se iniciar uma intervenção baseada em
ABA com pessoas com TEA ou alguma deficiência, deve-se identificar reforçadores
e que avaliações de preferência são realizadas com tal finalidade. Realmente,
um componente importante de intervenção cujo objetivo seja o ensino de novos
comportamentos ou a redução de Comportamentos-Problemas (Já falamos disso num
post anterior) é a identificação de estímulos pela pessoa. Entretanto, a
compreensão do papel das Avaliações de Preferência está Relacionada à clareza
sobre a diferença entre Reforçador e Preferências.
Reforçadores
Sabe-se que as Consequências produzidas pelo
Comportamento controlam a probabilidade de emissão futura desse Comportamento. Algumas
dessa Consequências aumentam a frequência, a duração ou a intensidade do
Comportamento; ou seja, a probabilidade de ele voltar a ocorrer na presença dos
estímulos Antecedentes com os quais foram associados. A Consequências essas
damos o nome de Reforçadores.
Assim, Consequências Reforçadoras ou Reforçadores,
portanto, referem-se a uma propriedade de um estímulo (como um adjetivo – esta consequência
é reforçadora) ou a um determinado estímulo (como um substantivo, por exemplo,
um item reforçador), respectivamente.
Vale salientar que o Reforçamento é feito
em relação às respostas, não em relação às pessoas; em outras palavras, respostas
são reforçadas, não pessoas.
O Reforço se refere a dois fenômenos:
1. O
processo que resulta no aumento na frequência ou em alguma outra dimensão da
resposta;
2. Procedimentos
de apresentar consequências após a ocorrência de uma determinada resposta.
Para
se ter certeza se um item é realmente reforçador deve-se fazer testes diretos
denominados Avaliações Reforçadoras.
Avaliação
de Preferência
Avaliação de Preferência é um nome genérico que
engloba diversos procedimentos utilizados para definir:
· Estímulos
que a pessoa prefere;
· Valores
de preferência relativos desses estímulos (alta preferência versus baixa
preferência);
· Condições
sob as quais estes valores de preferência mudam.
De
forma geral, as Avaliações de Preferência são conduzidas em dois passos:
1. Descoberta
de uma grande variedade de itens que possa vir a ser utilizada como possíveis
reforçadores;
2. Apresentação
sistemática de tais itens à pessoa com o propósito de identificar suas
preferências.
Em Avaliações Indiretas, o profissional
baseia-se na opinião de cuidadores ou de outros que conhecem a pessoa para
descobrir itens comestíveis, atividades, interações e outros estímulos que ela
goste. Nesse tipo de avaliação, o comportamento da pessoa em relação aos itens
não é diretamente observado pelo profissional.
Com isso, inicialmente, deve-se utilizar um
método indireto de avaliação para identificar os itens que serão apresentados à
pessoa por meio de um método de Avaliação Direta, o qual, por sua vez,
possibilitará a identificação de uma hierarquia de preferência dos itens.
Quanto às Avaliações Diretas/Operante Livre
temos os Naturalístico, onde o profissional vai ao ambiente natural da pessoa e
observa como ela gasta seu tempo, registrando quantos minutos ela dedica a cada
atividade durante seu tempo livre.
Em Situações Planejadas, o profissional planta “iscas”
no ambiente com itens que foram obtidos em entrevistas ou checklists
proporcionaram como potencialmente reforçadores.
Já nas Avaliações de Preferência Diretas por
Tentativas temos: único, pares e múltiplos, sendo a de estímulo único conhecida,
também, como “escolhas sucessivas”, porque um item é apresentado de cada vez,
ou seja, sucessivamente.
Na Avaliação de Preferência com Pares de
Estímulos, também denominada Avaliação de Preferência com Escolha Forçada, onde
os itens são apresentados em pares, e todas as combinações possíveis entre os
itens devem ser apresentadas. Portanto, cada tentativa desse tipo de avaliação
consiste na apresentação simultânea de um par de itens, e o terapeuta deve
registrar qual dos itens foi escolhido pela pessoa. Para exemplificar, podem
ser fornecidas instruções como: “Escolha um” ou “Pegue um”.
A Avaliação de Preferência com Múltiplos Estímulos
sem reposição é uma extensão do procedimento com pares de estímulos. Nesse tipo
de avaliação, a pessoa escolhe um item preferido dentre três ou mais itens
disponíveis simultaneamente.
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