Envelhe-Sendo






























O desenvolvimento humano é uma temática que embasa todo o trabalho  do psicólogo e conhece as fases que o sujeito vai vivenciar no decorrer da vida e é de suma importância, pois só dessa maneira o profissional saberá como identificar questões disfuncionais que são compatíveis com determinado estágio desse desenvolvimento.

Desse modo, esse fundamento traz subsídios ao psicólogo que, com uma visão refinada, está capacitado para constatar quais estratégias pode-se adotar para melhor atender e encaminhar o sujeito que busca sua ajuda.

Portanto, como foco deste trabalho, ter-se-á a fase do envelhecimento (adulto intermediário e adulto tardio), buscando, com isso, compreender o que abrange esse estágio da vida, bem como, trazendo reflexões mediante apontamentos no que tange às suas conquistas, dilemas e perdas, tanto no âmbito do trabalho quanto no pessoal, de acordo com a abordagem histórico-cultural.

Para melhor compreensão da visão histórico cultural, contextualiza-se os postulados de Vygotsky e outros seguidores como Luria e Leontiev onde afirmam que o que distingue os homens dos outros animais é a cultura, uma vez que o homem é o produtor da cultura e da existência social. Assim, segundo Leontiev, “o homem é um ser de natureza social, que tudo o que tem de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade” (Leontiev, 2004, p. 279).

Ademais, vale ressaltar aqui que cultura é a soma de todas as criações materiais criadas por seres humanos no ambiente social.

Desta feita, fica evidente que é necessário olhar para o todo que compõe a vida do sujeito, considerando o biológico, social, cultural e psicológico, para assim compreender sua totalidade e poder melhor contribuir para seus sofrimentos na fase do envelhecimento.


Embora existam diversas diferenças individuais no processo de envelhecimento, Baltes e Silverberg, citando Néri (1995), estabeleceram três áreas gerais que devem ser consideradas:


1. Aumento nas perdas do corpo, em que saúde tende a se tornar um problema crescente;

2. A tendência de estresse social e perca familiares e sociais se acumularem;

3. Redução de tempo Cronologicamente, isso pode levar a uma visão próxima da finitude que favorece uma mudança no sentido da vida.


No transcorrer dessa pesquisa, serão apresentadas temáticas acerca do trabalho e carreira, doenças e saúde mental, o uso de psicotrópicos, qualidade de vida, saúde e bem-estar, com olhar para o sujeito com mais de 50 anos (adulto intermediário e adulto tardio).

Com isso, esse projeto contará com as descrições da história de vida levantada e descritiva, indicações, informações, reflexões que possam ser disponibilizadas, em forma de cartilha, à comunidade, como elemento que corrobora para a preparação e para um envelhecimento com qualidade de vida.

Mediante ao trabalho e carreira, no que tange ao mundo do trabalho e das relações interpessoais, percebe-se que este adulto está inserido nesse meio, porém de um modo diferente daquele que se encontra a criança e o jovem, passando e respondo de forma diferente, tanto às conquistas, como aos dilemas e perdas que lhe cerca diariamente; isso porque ele este traz consigo uma história mais longa, repleta de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.

Para muitas pessoas, a aposentadoria é um dos fatores que contribui para a perda social e o papel na sociedade, pois o trabalho, muitas das vezes, está atrelado à vida do indivíduo. Assim, “a perda dos papéis e a consequente perda de identidade criam estresse, ansiedade e tendências depressivas” (Tavares, et al., 2004, p.98). O mesmo autor entende que há, no que se refere ao declínio de status social e a mudança de papéis sociais exercidos, duas opções: o isolamento ou a busca de novos papéis no ambiente familiar.

No que se refere às doenças e saúde mental, será investigado possíveis diagnósticos que o sujeito possa ter recebido, mas que ainda não foram avaliados e diagnosticados. 

Além disso, no que se refere ao uso de psicotrópicos (também conhecidos pelo nome de substâncias psicoativas), pode-se salientar que são compostos por substâncias químicas que têm por finalidade tratar o indivíduo que sofre com transtornos psíquicos, emocionais e questões que afetam o funcionamento da mente.

Sua ação acontece no sistema nervoso central, repercutindo no comportamento do indivíduo, nas emoções, humor, pensamento e emoções; por conseguinte, os fármacos (drogas) atuam no sistema nervoso central e são usados no controle de transtornos mentais (Barbosa, et al., 2022).

Atrelados a isso, faz-se oportuno ressaltar a importância de uma boa qualidade de vida, saúde e bem-estar, juntamente com uma alimentação saudável e a realização de atividades físicas diárias. Isso porque, boas práticas de saúde promoverão um maior bem estar e aumentará a qualidade de vida desse indivíduo.

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